O que acontece Entre Folhas? Uma conversa por escrito.

 

Uma Introdução ao Ente Folhas

Olá!

Obrigada por estares aqui e quereres saber um pouco mais sobre os meus desafios e descobertas na criação da Escrivaninha. Dou-te as boas-vindas a este que é um episódio piloto de uma espécie de Writtencast da Escrivaninha. O que é isso? Queres vir comigo descobrir?

 
 
 
 
 

Não é um Podcast, mas e se for um Writtencast?
Assim como uma conversa por escrito?

Vejo por todo o lado novos Podcasts a aparecer como cogumelos, longos ou mais concisos, com convidados, sem convidados, mais abrangentes ou mais específicos, mais ou menos intimistas, mais leves ou mais profundos. Para todos os gostos. Eu também acompanho vários e reconheço que o áudio pode ser muito prático.

Mas talvez eu ande em contra-mão das últimas tendências. Escrever à mão? E porque não? Uma espécie de Podcast que não é em áudio, mas sim por escrito? E porque não?

Na minha jornada de descoberta profissional e de criação da Escrivaninha – a Companhia da Escrita, quando escolho ser mais fiel às minhas características, aos meus gostos, aos meus formatos e práticas preferidas, estes são os caminhos onde me sinto mais alinhada, onde consigo abraçar as minhas habilidades e fragilidades e assim respeitar melhor os meus valores e as minhas aspirações. 

Ficar refém das regras que invisivelmente impõe um ou outro formato estava a causar-me alguma ansiedade. E se toda a gente está a criar um Podcast, eu não deveria criar também um? E se for um blog? E se eu não cumprir todos os 10 passos para ter um blog de sucesso? E se o formato que eu escolher não for exactamente o de um blog? E se algumas vezes eu cumprir todos os requisitos e outras não? Ahhhhhhh! Então não vou cumprir nenhuma das regras! Vou fazer um Writtencast. Vale chamar-lhe assim, não vale?

Espero não estar a cometer nenhum sacrilégio grave com esta decisão e não ser cast(igada) pelo universo. Não resisti a brincar com esta palavra. É que eu gosto muito de brincar com as palavras, não sei se já vos disse.

E com este jogo de palavras, resolvi experimentar este canal para conversarmos por escrito: Entre Folhas – Um Writtencast da Escrivaninha.

 
 
 
 

O poder das palavras escritas

Sabem aquele provérbio, “Quem canta, seus males espanta”? Para mim, “Quem escreve, fica mais leve”.

Acredito muito no poder das palavras escritas. Estas podem ter a capacidade de organizar pensamentos, de torná-los mais claros, de torná-los concretos, feitos de tinta. Ao vê-los escritos, há a possibilidade de os abraçarmos e acarinharmos, mas há também a hipótese de os conseguirmos desconstruir, de verificar que podem não fazer assim tanto sentido agora que os vemos na folha de papel, ou até que não são tão perturbadores como à partida nos pareciam. Há também a oportunidade de pegarmos nesses pensamentos, agora palavras escritas, e construir algo, explorar caminhos, abrir opções e tomar decisões. 

Muitas vezes, a palavra escrita tem também um forte poder catártico, de gritarmos a plenos pulmões o que nos atormenta ou que não cabe no peito. Por vezes, neste processo começamos numa pequena pontinha e vamos retirando nós e desenrolando um emaranhado novelo de emoções, que se vão descobrindo à medida que puxamos esse fio. Como se umas palavras se fossem ligando às outras, revelando o que está no centro.

A palavra escrita pode ser uma forma de organização, uma clarificação, um desabafo, uma partilha, uma descoberta, uma construção que vamos fazendo, enquanto as letras se encadeiam umas nas outras e se vão tornando visíveis na folha de papel que nos escuta e nos ajuda a pensar.


Acredito verdadeiramente no poder da palavra escrita. 

E se experimentarmos em conjunto?

 
 
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